Um suicídio colectivo? Nunca…
O próximo dia 5 ficará marcado na nossa história moderna, como a oportunidade oferecida aos portugueses, para definirem o seu destino e o de algumas gerações vindouras, face ao desastre total a que Portugal foi conduzido, especialmente nos últimos anos, mercê de uma política, vergonhosa, no âmbito da Ética e da moral e absolutamente destruidora, no aspecto económico, financeiro, social e Ético. E por mais farsas que encenadas sejam, incluindo a tentativa da chamada ao palco de actores que nunca fizeram parte do elenco, os responsáveis por este desastre, em que a própria independência nacional já foi afectada e a dignidade de um povo ultrajada, num autêntico insulto a um passado que todos temos obrigação de respeitar e preservar, têm rosto e nome. E, de certeza, que nunca a história os esquecerá e que sempre serão recordados como os coveiros dos actualmente ainda vivos e de gerações futuras. E se os presentes podem e devem ser responsabilizados, por tudo o que não fizeram para impedir autênticos crimes de lesa - pátria ou por os terem cometido, às gerações futuras apenas resta a triste possibilidade de apelidarem de criminosos os que as antecederam. E muito em especial aos que, passiva e cobardemente, a tudo assistirem sem sequer se defenderem, utilizando a mais poderosa de todas as armas que uma democracia permite: a arma do voto. E pergunto-me: que raio de povo é este, meu povo? Será que uma declarada e descarada política de ilusão, de encobrimento da realidade e da verdade, praticada por diversos governos, mas em que o grande destaque vai para os últimos dois, situação agravada por uma vivência de facilitismo que os mais velhos proporcionaram a filhos e netos, gerando a ilusão de não ser necessário fazer sacrifícios de qualquer natureza para conseguirem usufruir de tudo o que uma sociedade de consumo e tremendamente materialista lhes oferecia, justifica tal alheamento da causa pública? Sei perfeitamente que o “Estado Protector”que muitos advogam e mesmo implantaram, mais ajudou, facilitou e mesmo incentivou tal tipo de vivência. E sei, do mesmo modo, que uma política de subsidio - dependência, cujos beneficiários, muitos dos quais a quem o trabalho aterroriza, mais a incentivou, gerando-se assim uma forte e estável base de apoio, inteligentemente montada, admitamos. Deste modo foram avalisados comportamentos tendentes a apenas aparentar que alguma coisa parecesse mudar, para que tudo ficasse na mesma ou ainda pior e maior indiferença e passividade se instalasse, mas tais realidades ainda tornam mais responsáveis os que, por puro egoísmo, inconsciência cívica e política ou mesmo pela comodidade obtida por uma vida parasitária, tornaram viável uma caminhada para o abismo em que Portugal caiu e se encontra.
E só um verdadeiro espírito de sobrevivência, de que todos os povos por norma são possuidores, e de que os portugueses já deram profundas provas de saberem utilizar, nas horas mais difíceis, permitirá que o próximo dia 5 não seja o de um autêntico “Suicídio Colectivo” dos portugueses e, assim, na prática, o enterrar, por algumas dezenas de anos, das mais justas aspirações do povo português e da sua independência e dignidade; e essa sobrevivência e negação do “Suicídio Colectivo”passará pelo afastamento, por muitos e muitos anos, de quem tenho apelidado de, no âmbito meramente político, “Coveiro do Povo”…
E até por duas razões muito simples, que afastam qualquer tipo de receios ou mesmo dúvidas:
-Governar pior, é impossível;
-Impossível também é continuar a delapidar a coisa pública, pois que quase tudo delapidado já foi.
Então, transformemos o dia 5 na pedra base e angular para a reconstrução de um Portugal novo e digno do seu passado, tantas vezes glorioso. Que os vindouros não se envergonhem dos seus antepassados, à mesma dimensão com que os vivos se podem orgulhar dos seus.
E que a todos, mas mesmo a todos, um só espírito anime: Servir o país, salvando assim Portugal! Porque, e que ninguém duvide, é disto que se trata…
Por mim, e mais uma vez, a minha simples ajuda não faltará.
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