Protestos
As forças de segurança não desmobilizaram o protesto, apesar de o MAI anunciar que vai pagar os 1,3 milhões do Fundo de Fardamento. A concentração de rua visa protestar contra o não reposicionamento e respetivos retroativos a Janeiro de 2010
Poema de agradecimento à corja
Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade
de vivermos felizes e em paz.
Obrigado
pelo exemplo que se esforçam em nos dar
de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem
dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar
as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer,
o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.
Joaquim Pessoa
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Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948.
Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa.
O primeiro livro de Joaquim Pessoa foi editado em 1975 e, até hoje, publicou mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada.
Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David Mourão Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de capazes de comunicar com um vasto público.
Bibliografia: "O Pássaro no Espelho", "A Morte Absoluta", "Poemas de Perfil", "Amor Combate", "Canções de Ex cravo e Malviver", "Português Suave", "Os Olhos de Isa", "Os Dias da Serpente", "O Livro da Noite", "O Amor Infinito", "Fly", "Sonetos Perversos", "Os Herdeiros do Vento", "Caderno de Exorcismos", "Peixe Náufrago", "Mas.", "Por Outras Palavras", "À Mesa do Amor", "Vou me Embora de Mim".
Este é um poema que corre pela NET
É UM POUCO EXTENSO, MAS VALE A PENA LER. É ESTA A REALIDADE EM QUE
VIVEMOS. ESTÁ BRILHANTEMENTE REDIGIDO.
Não podia ser mais verdade!!!
Bem-haja a quem não tem medo de ver e muito menos de dizer a verdade.
Leiam este texto escrito por um professor de filosofia que escreve semanalmente
para o jornal O Torrejano.
Tudo o que ele diz, é tristemente verdadeiro.
O atestado médico por José Ricardo Costa
Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer
uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica
preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente,
pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficar
com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é:
como justificá-la?
Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no
elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a
camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa
com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico
será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua
ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação
deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.
Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de
Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre
Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser
explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos
que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da
TVI.
O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O
presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que
ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador
apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do
elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em
certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados
ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.
Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias
vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito
engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para
sermos enganados.
Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o
'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras
ocasiões. O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.
Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso
Henriques, que Deus me perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que
ninguém leva a mal porque já estamos habituados.
Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas
razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu,
num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá
levar a mal.
Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não
fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu
sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei
que ela sabe que eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim
seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro,
mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de
três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que
aquilo é tudo verdade.
Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e
culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos
malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza.
Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas
modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por
limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas
horríveis e fábricas desactivadas.
Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o
mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no
elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que
comece a vomitar sobre si próprio.
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URGE MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS.
ESTÁ NA SUA MÃO, NA MINHA E DAQUELES A QUEM A MENSAGEM CHEGAR!
por ANTÓNIO BERNARDO COLAÇO, JUIZ-CONSELHEIRO DO STJ - JUBILADO<input ... >17 Setembro 2011<input ... >2 comentários
O Parecer do Conselho Consultivo (CC) da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Março deste ano, pedido pelo ministro da Defesa em Março de 2008 (!), conclui que às associações profissionais militares (APM) não assistem "os direitos especificamente atribuídos às associações sindicais para a defesa e promoção dos interesses socioprofissionais dos seus associados - tais como os atinentes a salários, sistemas de saúde, reforma ou similares". Este entendimento tolhe a vocação essencial das APM. É sabido que o associativismo profissional (AP) não é associativismo sindical (AS) - lição colhida da Assembleia da República (AR) desde 1989 para solucionar o problema do associativismo policial. Estando esta distinção consagrada por lei, a lógica jurídica repudia a conotação relacional feita, ao restringir ainda mais o alcance restritivo da expressão "natureza sindical". Isto acaba por descarnar a substância e os objectivos do AP militar, relegando- -os para a categoria de um associativismo deontológico, esse rejeitado pela AR. Se os militares não podem reagir aos problemas em matéria de salários, saúde, reforma e similares, o que lhes resta? Afectar as suas associações para piqueniques, romarias e passeios de veraneio?
Desde 2001, ano de consagração legal do AP militar, os militares sabem que não podem participar em manifestações com natureza sindical. Mas também sabem que natureza sindical, para o efeito restritivo em causa, só se refere à greve, à actividade para contratação colectiva, aos cartazes, à algazarra que muitas vezes ocorre, às alusões humorísticas e outras do género. O militar sabe distinguir entre protesto com aprumo e protesto sem freio.
Este é o único sentido que se pode dar à restrição de natureza sindical atribuída aos militares. É que é o próprio CC/PGR a reconhecer que as APM são susceptíveis de desenvolver actividades de natureza sindical (Parecer n.º 79/92 de 1/4/93), sendo certo que já constituem formas de sindicatos (Eduardo Correia Batista - Os Direitos de Reunião e de Manifestação do Direito Português). Por isso, o AP militar e o AS, não sendo idênticos ou não se confundindo, contemplam aspectos comuns ou coincidentes. A distinção há-de encontrar-se numa outra dimensão - a das quali- ficações específicas de um e do outro, mas jamais no quadro do que constitui uma titularidade comum de interesses que une todos os trabalhadores e/ou servidores do Estado, como é o caso de salários, saúde, projecção profissional e outros do género.
Durante mais de uma década de existência e apesar das manifestações feitas, não é conhecido às APM qualquer desacato que pusesse em causa a coesão, honra, prestígio ou disciplina nas Forças Armadas (FA). Isto demonstra que não é por se chamar a atenção para problemas como os do vencimento, promoções atrasadas, sistema de saúde e similares que as FA se desprestigiam; desprestigiadas ficam quando a dignidade do cidadão em uniforme é posta em causa numa conjuntura de tempo de paz e normalidade, por ter de suportar situações de vida que podem afectar o seu aprumo profissional. As manifestações nunca são dirigidas às "Chefias" mas à "Tutela", que tem a solução nas mãos.
Eis porque essa conclusão do Parecer, acoplada com outra que sustenta que uma manifestação de militares - como forma de pressão aos órgãos Legislativo e ou Executivo - ultrapassa o âmbito de uma APM, se reveste de uma nítida "restrição por excesso" ao violar os princípios de necessidade, suficiência, razoabilidade e de proporcionalidade da conjugação dos normativos decorrentes dos artigos 18.º e 270.º da Constituição.
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Madeira
O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, anunciou hoje que mandou abrir um inquérito-crime para investigar o caso da ocultação de dívidas públicas na Madeira.
Assunto: CHEFIAS MILITARES - QUE IRREGULARIDADES |
CHEFIAS-MIL
2011-09-18
CHEFIAS MILITARES: QUE IRREGULARIDADES?
A comunicação social deu amplo destaque ao despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Defesa que, por um lado, isenta os militares abrangidos pela nova tabela remuneratória (de Janeiro de 2010) de devolverem as importâncias indevidamente recebidas mas, por outro, os promovidos de forma irregular deverão ser recolocados na situação anterior àquela data. As notícias referem ainda que aquele despacho visa pôr fim às promoções por arrastamento que levaram a subidas de escalão remuneratório que a Inspecção-Geral de Finanças considerou ilegais.
Afigura-se-nos que há aqui alguma coisa de estranho pelo que, após consulta a camaradas no activo, julgamos estar em condições de historiar o que realmente aconteceu.
1.º) O DL 296/2009 de 14Out veio harmonizar os vencimentos dos militares com o regime de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, conforme tinha sido definido pela Lei 12-A/2008 de 27Fev, alterada pela Lei 64-A/2008 de 31Dez.
O DL entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2010 e estabeleceu um regime de transição para a nova tabela remuneratória (Art.º 31.º) a ser efectuada nos seguintes termos (ver extractos do DL em anexo):
- o militar é reposicionado no nível remuneratório da nova tabela correspondente ao vencimento que recebia;
- quando não existir um nível remuneratório correspondente (ou seja, coincidente), o militar é colocado transitoriamente numa posição remuneratória fictícia igual ao vencimento que auferia;
- (presumindo-se que a posição definitiva será no nível remuneratório imediatamente superior na nova tabela, que não terá podido ser logo atribuída por não haver cobertura orçamental, a ser considerada no orçamento seguinte);
- porém, “quando da aplicação conjugada das regras de reposicionamento (…) com as regras de promoção e progressão estatutariamente previstas” (ou seja, quando houver uma promoção) resulte que um militar mais moderno transite para posição remuneratória igual ou superior a militares de maior antiguidade, estes, por despacho do respectivo Chefe de Estado-Maior, transitam para a mesma posição – o n.º 3 do Art.º 31.º é bem claro neste ponto;
- (isto porque, naturalmente, os militares promovidos passaram logo a aceder à posição definitiva na nova tabela por não poderem, legalmente, transitar para uma posição fictícia).
2.º) Quanto às promoções por arrastamento, afigura-se que a auditoria da IGF terá sido feita por alguém que tem um completo desconhecimento do enquadramento legal das Forças Armadas e do sistema de promoções (nomeadamente “quadros”, “vagas”, “promoções”, “adidos ao quadro”, “supranumerários”), pois parece ter havido posições pré-concebidas e teimosamente mantidas, pois não teve em consideração os bem fundamentados argumentos apresentados pelos Ramos.
Desta análise verifica-se que, não apenas não terá havido quaisquer abonos indevidos nem promoções “por arrastamento”, como os ajustamentos que houve que fazer nos vencimentos dos militares mais antigos (colocados transitoriamente em posições fictícias que só os prejudicaram) estavam previstos e perfeitamente definidos no DL, com referência expressa às competências dos chefes de Estado-Maior.
Ou seja, na tentativa de simplificar passando a aplicar aos militares a tabela remuneratória comum a todo o funcionalismo público (decisão de duvidosa necessidade, mas que tem de se aceitar), um governo produziu um diploma legal confuso e repetitivo, mas não se terá apercebido dos custos que tal representava e, depois, terá tentado eximir-se ao pagamento do que era devido, posição que está a ser reiterada pelo executivo agora em funções.
Executivo que vem agora, através de um despacho iníquo, armar ao “porreirismo nacional” dizendo perdoar aos militares (a título individual) a reposição das importâncias que, supostamente, terão indevidamente recebido.
O que dificilmente se pode inferir de todo este processo é que as chefias militares possam ter cometido as irregularidades de que são acusadas, nomeadamente na auditoria da IGF, cujos argumentos se afiguram desconformes com a realidade.
Mais uma vez são os militares que estão a ser prejudicados, não só nos abonos que individualmente lhes querem sonegar como, principalmente, pela má imagem que os sucessivos governos têm conseguido passar para a opinião pública através de uma comunicação social subserviente e sempre pronta a atentar contra o prestígio das Forças Armadas.
Restará sempre aos militares fazerem ouvir a sua voz e também enveredarem pela “reclamação e recurso hierárquico nos termos estatutários, sem prejuízo do recurso contencioso nos termos gerais” (Art.º 32.º do DL 296/2009)
ANEXO:
DL 296/2009 de 14Out (excertos)
“Artigo 31.º
Regime de transição para as posições remuneratórias
1 - A transição para a nova tabela remuneratória única é efectuada nos seguintes termos:
a) O militar é reposicionado na posição a que, no respectivo posto, corresponda nível remuneratório cujo montante pecuniário seja igual ao montante pecuniário correspondente à remuneração base a que tem direito, incluindo adicionais e diferenciais de integração eventualmente devidos;
b) Na falta de identidade, o militar é reposicionado na posição remuneratória, automaticamente criada, cujo montante pecuniário seja igual ao montante pecuniário correspondente à remuneração base a que actualmente tem direito, incluindo adicionais e diferenciais de integração eventualmente devidos.
2 - Quando, na transição efectuada nos termos do número anterior, a remuneração base, incluindo adicionais e diferenciais de integração eventualmente devidos, seja inferior à primeira posição remuneratória prevista no anexo I ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, para o respectivo posto, o militar é transitoriamente posicionado no nível remuneratório, automaticamente criado, de montante pecuniário igual à remuneração a que tem direito à data de entrada em vigor do presente decreto-lei.
3 - Quando da aplicação conjugada das regras de reposicionamento, mencionadas nos números anteriores, com as regras de promoção e progressão estatutariamente previstas, resulte, pela primeira vez, uma situação em que um militar transite para posição remuneratória igual ou superior a militares do mesmo posto e maior antiguidade, estes, por despacho do respectivo Chefe de Estado-Maior, transitam para a mesma posição.
4 - Para efeitos de mudança de posição remuneratória releva todo o tempo de serviço contado no escalão remuneratório em que o militar se encontra na data de entrada em vigor do presente decreto-lei, bem como para efeitos de aplicação do previsto no número anterior.
5 - O regime de transição previsto nos números anteriores aplica-se também aos militares na situação de reserva e aos deficientes das Forças Armadas.
6 - A execução orçamental do disposto nos n.os 2 e 3 é assegurada por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da defesa nacional.
Artigo 32.º
Formalidades da transição
1 - Pelos competentes serviços dos respectivos ramos serão publicadas listas de transição para as novas posições remuneratórias para conhecimento de todos os interessados.
2 – Da integração cabe reclamação e recurso hierárquico nos termos estatutários, sem prejuízo do recurso contencioso nos termos gerais.
Artigo 33.º
Salvaguarda de direitos
Da aplicação do presente decreto-lei não pode resultar para os militares redução da remuneração actualmente auferida.”
MEU CARO RIBEIRO SOARES : O RECURSO CONTENCIOSO ;NÃO DÁ NADA :HÁ DOIS ANOS ENTREGUEI NA DEFESA NACIONAL UM REQUERIMENTO
POR CAUSA DA SITUAÇÃO DO BILHETE DE IDENTIDADE MILITAR E NEM TIVE RESPOSTA...
Quem mandava nisto era a Secretária do Govêrno do Districto...Tenho cópia e começa assim.
COLEGAS,
POR ORDEM DA SECRETÁRIA do GOVÊRNO DO DISTRITO,a partir de amanhã NÃO SE ACEITAM BILHETES DE IDENTIDADE MILITAR.
EsTES CIDADÃOS TERÃO DE EXIBIR,para efeitos de requerer passaporte,BILHETE DE IDENTIDADE DE CIDADÃO NACIONAL,conforme estabelece
o nº 2 do artgº 18 do DL nº 136/2006 de 26 de JULHO....
Por aqui vê que nem o Decreto diz isto,nem EMFAR diz isto...Fizeram-se exposições,a nivel individual ,a nivel institucional...mas NÃO VALE A PENA
por que a confusão neste país é tão grande que um papel assinado pela Secretária do Govêrno faz lei para os militares...
Em face disto ,agradeço que leiam os cadernos de LANZAROTE e acrescento... privatizem também as FAs.
Postado por Fonseca dos Santos em 22 de Setembro de 2011,em Lisboa
A GERAÇÃO ENRASCADA
O grande homem é aquele que não perdeu a
candura da sua infância…
Pertenço a uma geração que teve de se
desenrascar
.
Nasci ao som do rufar dos tambores da 2ª
Guerra Mundial. Os clarins e as sirenes faziam o toque de
à rasca, anunciando
mais um bombardeamento.
A Santa da minha Mãe, pariu-me de cócoras. Quando se sentiu
à rasca,
muniu-se da tesoura e do baraço e fez tudo sozinha. Chegou por casualidade
uma vizinha e ajudou aos últimos preparativos, talvez um caldo de galinha
velha, que era o prémio de qualquer parturiente. Hoje, as que se rotulam de
à
rasca
têm seis meses de licença de parto. Essa vizinha, que durou cento e tal
anos, passou a vida a contar-me isto, vezes sem conta.
Aos miúdos, faziam uns calções com uma abertura na retaguarda, e,
quando estivessem
à rasca, baixavam-se, o calção abria e fazia-se em escape
livre e, andava sempre arejado.
Aos dezoito anos, ainda o comboio passava em Mirandela e tive o azar
de fazer cargas e descargas dos vagões para os camiões. Os adubos vinham
em sacos de 100 kg, as pernas tremiam mas tinha que me
desenrascar. Os
mais velhos sabem do que falo, o trabalho era duro incluindo as cegadas,
mas….
fazia-se tudo a cantar.
A mesma geração, fez as três frentes da guerra colonial, morreram nove
mil e quinze mil ficaram mutilados e a cair aos bocados, chamam-lhes Heróis,
mas dizem
desenrasquem-se.
O 25 de Abril foi feito por essa mesma geração, bons líderes, povo unido
e
desenrascaram-se muito bem.
Por fim, a debandada da emigração para toda a Europa, atravessando
montes e vales íamos chegando a todo o lado. Vivíamos em contentores e
barracas, o tacho onde se lavavam as batatas era o mesmo para se lavar o
nariz, mas não nos
desenrascamos nada mal.
Depois veio a geração
rasca. Drogas, rendimentos mínimos e vergonha
de trabalhar.
Agora, dizem ser a geração
à rasca, querem ser todos Doutores,
arrastam-se anos à volta dos cursos, os parques universitários estão cheios de
carros de luxo, ficam por casa dos Pais até aos trintas e “quem aos vinte não é,
aos trinta não tem, aos quarenta já não é ninguém”.
São uns
enrascadinhos, não querem assumir a responsabilidade de
uma família, vagueiam de noite, dormem de manhã e a Mãe chama-os para
almoçar. O Pai vai recheando a conta, porque um Pai é um banco
proporcionado pela natureza.
Eu não quero medir tudo pela mesma rasa e acredito muito na
juventude, aconselho-os a que se caírem sete vezes se levantem oito, porque o
Governo está
à rasca, a oposição está enrascada e a juventude não se
desenrasca.
Os que cantam, Homens da Luta, é uma luta sem comandantes e o povo
vencido jamais será unido.
Façam pela vida… E, não estejam à espera que o mar arda, para
comer peixe grelhado!...
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Isto porque, se for comprada pelo consorcio a que pertence a Iberia , esta relizará um autentico sonho, a de ficar com todo o tráfego para a América do Sul.
Parece-me que não estou enganado.
Penso que deveria arrajar-se outra solução para não sermos apenas uns paus mandados.
Neste momento só se pedem sacrifícios aos Portugueses ignorando o sacrifício e o trabalho insano dos que fizeram a TAP, TAP de que tantos Porugueses se orgulham, TAP que tem um prestígio internacional............!
Por mim devo dizer que estou muito triste com esta decisão
João Graça
Finalmente, alguém que não tem medo de chamar o boi pelo nome. Pena que seja o único.
. ...
. REFLEXÕES SOBRE O SISTEMA...
. ...
. MOVIMENTO CONTRA O NAO : ...
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