A Espanha tem agora um movimento contra os privilégios dos politicos espanhois...,mas ainda não consegui colocar o post...
Financial Times»: pacote de ajuda tem «muitas cenouras»
Jornal discorda da divisão do dinheiro que será emprestado pela UE e pelo FMI
O «Financial Times» considera que o pacote de medidas de austeridade acordado entre Portugal e a troika tem condições pouco duras e «muitas cenouras», ou seja, é muito brando.
O jornal diz mesmo que o memorando de entendimento alcançado com o Governo de José Sócrates garante muito dinheiro (do empréstimo) a Portugal e exige pouco em troca.
No prestigiado espaço de opinião «Lex Column», o jornal critica a divisão dos 78 mil milhões de euros que Portugal vai receber: a União Europeia, «que faz de polícia bom», empresta dois terços e o Fundo Monetário Internacional (FMI), «que faz de polícia mau», um terço.
Uma divisão que, para o «FT» não faz sentido, já que «Portugal precisa mais do FMI do que da União Europeia».
Economista considera que plano de austeridade previsto pela troika «tem de ser feito» e que o país deverá fazer o seu melhor para evitar a reestruturação da dívida
Como é que um guru da economia mundial vê a crise que Portugal atravessa? Professor na Universidade de Nova Iorque, Nouriel Roubini é um dos maiores pensadores económicos da actualidade, tendo ficado conhecido como «o profeta da desgraça» por ter sido um dos poucos a prever a crise desencadeou a falência da Lehmon Brothers em 2008, a maior da história dos EUA.
Nouriel Roubini esteve esta tarde nas Conferências do Estoril e para ele Portugal só tem uma saída: «O país deverá fazer o seu melhor para evitar a reestruturação da dívida [e tem de cumprir o plano proposto pela troika]».
«Será doloroso, mas é necessário e tem de ser feito. E quem estiver no governo não terá outra opção senão tentar fazê-lo. [...] É claro que há incertezas porque não sabemos quem será eleito, se terá um governo de maioria, se haverá resistência social ou política. Não sabemos se esta austeridade e reforma fiscal vai dar resultado. Não há certezas, mas acho que tentar o plano A é a melhor opção e deve-se evitar a reestruturação da dívida».
Para Roubini, o plano da troika para Portugal é melhor do que aquele conseguido pela Grécia, onde se vê agora que as medidas de austeridade do resgate não estão a resultar. No seu entendimento, foram medidas demasiado austeras. «A Grécia adoptou o plano A, mas este infelizmente não funcionou. [...]Mais dinheiro implica perigos morais. A única solução é a reestruturação da dívida, adiando os prazos. Esta solução é viável e executável», considerou.
«Diria que o FMI já aprendeu a lição porque o programa [português] implica a redução do déficie orçamental de uma forma mais moderada e creio que talvez seria até melhor prolongar a redução do déficie até 2014».
Por isso, o grande desafio do futuro a breve prazo é este: «Espera-se que no próximo ano Portugal viva numa recessão. Mas será que Portugal consegue aguentar três anos numa recessão?»
Uma coisa é certa: «A retoma dos países periféricos não irá ocorrer muito brevemente».
Crítico em relação ao Banco Central Europeu, que não pressionou um resgate da Irlanda (foi apenas relativo ao sistema bancário e crítico tambémem relação à subida das taxas de juro demasiado cedo), Nouriel Roubini analisou também o estado da vizinha Espanha, onde «as coisas estão um pouco melhores do que noutros países» por via das poupanças elevadas, mas onde o desemprego a superar os 20 por cento (40 por cento no caso dos jovens) ao que se somam as «perdas no sistema bancário superiores ao que o governo espera» podem levar a um caminho dramático.
«Espanha é demasiado grande para falhar e demasiado grande para ser salva». Roubini considera que a os erros do passado podem pagar-se caro: «Durante a crise imobiliária, o ordenados estavam a subir mais do que a produtividade. Agora vê-se que o rei vai nu e são precisas reformas».
Como chegámos a esta situação
«Esta dívida começou com demasiada dívida privada... Quando a bolha rebentou pensava-se que era apenas um problema de liquidez e não de solvência, como veio a verificar-se». Para o analista, «não vale a pena sacudir a água do capote».
«A recessão podia ter-se tornado numa grande depressão, mas as medidas políticas conseguiram travar isso. O colapso da economia foi travado».
Numa aula de economia à escala mundial, Roubini sublinhou que «desta vez a crise é diferente de todas as outras». O economista considera ser este o principal problema: «Temos uma crise com demasiada dívida pública e privada».
Nouriel Roubini considera que este problema já foi identificado nos países que recorreram a ajuda externa, mas alerta para outros casos menos óbvios em risco de colapso económico: «Os vigilantes já detectaram isso na Grécia, na Irlanda e em Portugal, mas ainda não nos EUA ou Japão, onde a dívida pública já é 100% do PIB. O analista considera que poderá haver uma crise fiscal nos EUA e no Japão. E quando isso acontecer?
Acordo com a troika prevê reduzir morosidade dos tribunais, número de câmaras e repartições fiscais
Há uma série de novas medidas incluídas no acordo entre a troika e o Governo para que Portugal receba, em troca, ajuda financeira: para além dos impostos, subsídios, bem como taxas moderadoras ou privatizações, também a Justiça, as câmaras e as repartições de Finanças não escapam à austeridade:
- Em relação à Justiça, a troika quer ver resolvido o problema da pendência processual em 24 meses. Para isso, vai ser feita uma auditoria, a concluir em Junho, sobre todos os casos das acções de execução, insolvências, dívidas fiscais e processo laborais. Serão tomadas medidas até Setembro para melhorar a resolução do número de processos pendentes nos tribunais, que todos os anos aumentam.
Está ainda prevista uma reestruturação dos tribunais para melhorar a sua eficácia e a implementação das 39 comarcas do novo mapa judiciário até ao final de 2012. Será definido um roteiro para esta reforma que vai ser totalmente financiada pelos ganhos conseguidos através da racionalização de custos e numa melhor gestão dos serviços públicos. Os novos tribunais para as questões de concorrência e direitos de propriedade intelectual estarão a funcionar em Janeiro de 2012.
Será criada ainda uma task force de juízes para despachar processos fiscais acima de 1 milhão de euros.
- O número de câmaras (308) e juntas de freguesia (4.259) será reduzido a partir de Julho de 2012. Um corte que terá de ser feito até às próximas eleições autárquicas que decorrerão em 2013.
E até Dezembro deste ano, terá de ser publicado um levantamento de todas as entidades públicas, incluindo associações, fundações e outros organismos em todos os níveis da administração pública, que permitirá ao Governo decidir quais deverá encerrar ou manter.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) já veio dizer que «essa questão nunca sequer foi referida» na reunião com a troika e que os cortes não fazem sentido do ponto de vista dos custos para o Estado. «Cada euro investido pelas freguesias tem um retorno de quatro. Isto é imbatível comparando com qualquer outro nível da administração pública em Portugal», disse à Lusa Armando Vieira.
- Está ainda previsto o fecho de uma em cada cinco repartições locais de finanças. A administração fiscal será constituída por 30% de auditores até ao final de 2012, «na sua maioria através da recolocação de pessoal do sector público e na administração fiscal».
O acordo prevê também a modernização da administração fiscal, com a unificação dos vários serviços de impostos (Direcção Geral de Contribuições e Impostos), alfândegas (Direcção Geral de Alfândegas) e serviços informáticos (Direcção Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiro).
Até ao final de Setembro deste ano, as duas partes prevêem ter concluído um estudo sobre se a nova estrutura - cujo formato estará decidido até ao final de 2011 - pode ou não acumular a colecta da segurança social.
Esta nova estrutura vai simplificar as repartições locais de finanças, fechando pelo menos 20% (uma em cada cinco) em 2011 e em 2012.
No que toca à fraude e evasão fiscal, as partes assumem que até final de Outubro vão preparar um novo plano estratégico para 2012-2014 para a administração fiscal, que inclui «medidas concretas para combater a fraude e evasão fiscais» que não especifica.
Por outro lado, até final deste ano será apresentada ao parlamento uma nova proposta de lei para reforçar a auditoria fiscal e a capacidade de aplicação da lei por parte da estrutural central de impostos, para que esta possa «exercer controlo sobre todo o território nacional, incluindo as actuais zonas isentas».
A nova lei dará à administração fiscal central «o poder exclusivo de emitir decisões interpretativas sobre impostos de aplicação nacional, para assegurar uma aplicação uniforme».
É uma maravilha...
Amigo Castro andei a tenatr colocar no FACE,mas lá é mais complicados e certamente irei deixar de passar pelo face...Talvez de tempos a tempos
Júlia ,conhece ???
Conheço bem e o que é a NATUREZA,Um rio como o Cubango / OKAVASNGO se enfia pelo deserto ,pela terra num barulho ensurdecedor...
Um abraço para os dois..
A ser verdade quanto se lê .... se apura que 20 dos 58.708 TRABALHANDORES de uma só e a mesma EMPRESA (20 dos 58.708 trabalhadores, repito) RECEBEM METADE DA FOLHA DE SALÁRIOS cabendo aos restantes 58.688 seus "COLEGAS" A OUTRA METADE ????
Posso duvidar do que leio, ou ..... pelo contrário devo ACREDITAR e RECONHECER QUE ESTOU LOUCO ?
OU SERÁ QUE QUEM ESTÁ LOUCO É O PATRÃO ?
Vivas ao PEC 4 !!!!
|
. ...
. REFLEXÕES SOBRE O SISTEMA...
. ...
. MOVIMENTO CONTRA O NAO : ...
. http://pissarro.home.sapo.pt/memorias0.htm
. http://pissarro.home.sapo.pt/memorias0.htm