O MPLA é o lobo disfarçado com a pele de carneiro para enganar os incautos da nossa sociedade e produzir uma imagem que permita à comunidade internacional, para a realização de interesses económicos, minimizar o desconforto da sua cumplicidade com o regime ditatorial do MPLA. A ultima farsa a que se vem aplicando forma esmerada é do disfarce da ditadura com que domina a nação angolana fazendo de conta que temos um Estado de direito e que estamos numa democracia.
O MPLA e especialmente o seu Presidente, JES, são os maiores e principais incitadores do povo à acção de exigência de dignidade, ao fim da impunidade de violadores dos direitos humanos, de combate sério contra a corrupção, contra exclusão e a injusta distribuição da renda nacional.
Num Estado democrático de direito que consagra a liberdade de expressão e de manifestação o exercício dessas liberdades é legal e legitimo e nem carece de autorização, assim determina a lei e ninguém deveria estar acima da lei conforme ao principio do estado de direito. Virgilio Fontes Pereira ao fazer as afirmações transcritas embaixo só nos confirme o que de forma bastante todos sabemos: que não há nem Estado de direito nem democracia em Angola porque nos demonstra que a pretensão anunciada via Net da realização duma manifestação contra o estado das coisas em Angola é vista e tratada pelo MPLA incitação à desordem. Desordem de que ordem? Da ordem dum Estado de direito democrático ou da ordem duma ditadura implantada à margem da lei com que o MPLA e o seu Presidente sequestraram o estado de direito e a democracia que realmente só são a farsa conveniente dessa ditadura?
Não temos nada que ver com a promoção da manifestação anunciada para 7 de Março e aderimos a essa convocatória porque desconhecemos quem o lidera e a respectiva agenda. Não seremos parte duma massa tratada como uma manada de carneiros nem pelo MPLA nem por quem quer que seja que, no anonimato, apele a quaisquer movimentos mesmo que para contestar o que vimos há anos contestando todos os dias, a ditadura do MPLA. No entanto reconhecemos a quem quer que seja o direito ao protesto pacífico, de conformidade com as normas, sem mais limitações do que aquelas que lei determina. Nenhuma lei impede que as cidadãs e cidadãos protestem contra a governação nem que exijam a demissão de josé eduardo dos Santos do cargo de Presidente da República, aliás, cargo para o qual nunca sequer foi eleito.
Vimos, sem sucesso judicial, denunciando violações dos direitos humanos e a impunidade com que vêm sendo agraciados os seus mandantes e excutantes consubstanciando uma flagrante e continuada da ordem do Estado de direito estabelecida. Isso prova que os dirigentes e agentes do regime do MPLA estão acima da lei, são portanto os principais agentes da subversão dessa ordem estabelecida e ou os da continuídade do partido-estado que realmente e ilegalmente vigora.
No dia em que resolvermos manifestar-nos exigindo a demissão de JES e ou a concretização da ordem do estado de direito e da democracia, como tem sido característica dos nossos actos, assinaremos por baixo do apelo que dirigirmos à nação. Aliás, certamente, o regime sabe que é assim que será porque sabe que sempre agimos de conformidade com a lei e nunca abdicamos dos nossos direitos que tem violado sistematicamente.
Virgilio Fontes Pereira e todas as vozes de JES/MPLA que se têm pronunciado sobre o exercício da liberdade de manifestação convocada para dia 7 de Março de 2010, sabem bem que quem está em contra mão jurídica e política é quem ameaça com a repressão daqueles que os querem contestar com esse acto a que mesmo se não aderimos por desconhecermos a respectiva agenda reconhecemos ser um exercício legítimo das angolanas e angolanos que o venham a realizar. Leiam em baixo a noticia do Angola Press. angolaresistente – Luiz Araújo
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Luanda - O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, criticou hoje, quarta-feira, todos aqueles que incitam a desordem e o desrespeito das instituições legítimas do Estado, chamando-os de defensores da intriga e da instigação política.
“Há quem, e hoje o PRS e a Unita destaparam totalmente o véu, pretende estar na política para ser unicamente defensor da intriga, da instigação, da mentira, do populismo execrável e total falta de seriedade e de sentido de Estado”, realçou.
Discursando no parlamento, Virgílio de Fontes Pereira enfatizou que “num Estado Democrático não devem ser tolerados comportamentos individuais ou colectivos, praticados por quem quer que seja, que atentam contra a ordem constitucional e ponham em risco a estabilidade do mandato e do funcionamento dos órgãos legitimados para exercer os poderes Legislativo, Judicial e Executivo”.
“A vitimização política folclórica é tão perversa e condenável quanto o é a instigação irresponsável para a desestabilização
política e social do país”, reforçou.
Na sua óptica, em política séria e responsável não basta a demarcação cínica dos planos macabros dos inimigos de Angola e seguir uma prática que demonstra o seu total engajamento em todo o conjunto de actos que procuram acabar com a democracia e liberdade dos angolanos.
“Agora, mais do que nunca, sabemos quem está por trás das manobras para matar a nossa dignidade”, sublinhou.
Na declaração política da Unita, a líder da banca parlamentar, Alda Sachiambo, acusa o Executivo de ser incapaz de cumprir as promessas eleitorais feitas em 2008, consubstanciadas no reforço da democracia, respeito dos direitos humanos e melhoria da qualidade de vida dos angolanos.
Fonte: Angola Press