Conheci-o pessoalmente.visitamo-nos muitas vezes em terras distantes ,ele sediado em
Luanda,ao tempo Governador do Banco de Angola e ,eu, em CARMONA,hoje,como também antigamente,UÍGE e nas Terras do FIM do MUNDO,também em Angola em SERPA PINTO,hoje Menongue,como antigamente...
Já conhecia o poema,há muitos anos ,enviaram-mo e não fiquei imune à tristeza que ora
grassa neste país,consequências de uma fuga ,de uma debandada que muitos militares
ttiveram culpa,mesmo considerando que a guerra é dos politicos....
CADA UM PODE TER A SUA OPINIÃO E, TAMBÉM, A SUA RAZÃO! É CERTO QUE, ALGUNS, NÃO GOSTARÃO....!
Num país onde os ciganos podem acampar, ilegalmente, em frente da Câmara Municipal e exigir casa; onde qualquer safardana, politicamente correcto, nos pode ofender a inteligência e onde o PM mente com quantos dentes tem na boca perante o ar embevecido da canalha, JOAQUIM PAÇO d'ARCOS foi impedido de publicar o poema que abaixo transcrevo, sabendo antecipadamente que irei ferir as susceptibilidades de alguns dos meus amigos. Mas não peço desculpa.
25 de Abril de 1974, por Joaquim Paço d'Arcos
25 de Abril de 1974
Duzentos capitães! Não os das caravelas
Não os heróis das descobertas e conquistas,
A Cruz de Cristo erguida sobre as velas
Como um altar
Que os nossos marinheiros levavam pelo mar
À terra inteira! (Ó esfera armilar, que fazes hoje tu nessa bandeira?)
Ó marujos do sonho e da aventura,
Ó soldados da nossa antiga glória,
Por vós o Tejo chora,
Por vós põe luto a nossa História!
Duzentos capitães! Não os de outrora...
Duzentos capitães destes de agora (pobres inconscientes)
Levando hílares, ufanos e contentes
A Pátria à sepultura,
Sem sequer se mostrarem compungidos
Como é o dever dos soldados vencidos.
Soldados que sem serem batidos
Abandonaram terras, armas e bandeiras,
Populações inteiras
Pretos, brancos, mestiços (milagre português da nossa raça)
Ao extermínio feroz da populaça.
Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira, a tremular,
Assinalava o infinito português
Sob a imensidade do céu,
Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,
Um Portugal em miniatura,
Um Portugal de escravos
Enterrado num caixão d'apodrecidos cravos!
Ó tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões de Aljubarrota,
Para vossa vergonha e maldição
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d'ignomínia...
Ó bastardos duma raça de heróis,
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis!
Lisboa 27 de Novembro de 2008
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